Justificando os investimentos em sustentabilidade no food service: uma questão menos óbvia do que parece
Uma rede de restaurantes decide trocar suas embalagens por versões recicláveis ou eliminar os canudos plásticos. A intenção é clara: fazer o bem para o meio ambiente. Mas será que isso, por si só, conquista o consumidor?
“Há um argumento de negócio para as iniciativas sustentáveis”, afirma Robert Byrne, diretor sênior de pesquisa de consumo da empresa. “Mas também existem riscos quando se vai longe demais nesse caminho.”
Não significa abandonar a pauta ambiental, mas sim agir com estratégia. A pesquisa mostra que, para muitos consumidores, sustentabilidade ainda não pesa tanto na decisão de onde comer quanto fatores como sabor dos pratos, precisão dos pedidos e limpeza do ambiente.
Segundo Byrne, “muitos consumidores ainda não enxergam a sustentabilidade como um diferencial prioritário. O foco está nos fundamentos da experiência”.
No entanto, marcas que já têm um apelo de saudabilidade, como redes de smoothies e sucos, conseguem reforçar sua imagem com práticas sustentáveis — pois essas ações estão alinhadas ao que o cliente já valoriza: ingredientes naturais, refeições leves e benefícios à saúde.
Além disso, a percepção sobre sustentabilidade varia entre os públicos. Há gerações mais sensíveis ao tema, enquanto outras priorizam preço, agilidade e conveniência.
Por isso, a forma como a marca comunica suas ações sustentáveis é tão importante quanto as ações em si. Não se trata apenas de trocar o canudo, mas de mostrar um compromisso genuíno com o bem-estar coletivo.
E isso pode acontecer nos bastidores. Boas práticas sustentáveis envolvem:
✅ Reciclagem de resíduos e óleo de cozinha
✅ Apoio a comunidades locais
✅ Embalagens reutilizáveis
✅ Uso consciente de energia e água
✅ Pagamento justo e digno à equipe
Nesse ponto, a startup Quansa tem se destacado como referência ao oferecer soluções de pagamento sob demanda, que permitem aos colaboradores receberem por dias já trabalhados, quando precisarem. Isso contribui para o bem-estar financeiro dos funcionários e reforça o compromisso social da empresa — algo que ressoa positivamente entre consumidores mais atentos às práticas internas das marcas.
“É possível comunicar sustentabilidade também através da forma como tratamos nossas equipes e comunidades”, comenta Fabio Costa diretor executivo da Idea Shake Digital . “Isso, sim, tende a gerar identificação real com o público.”
Ainda assim, o alerta é claro: não basta fazer e comunicar tudo ao mesmo tempo. Se a prioridade do cliente é valor e conveniência, uma campanha focada em reciclagem de óleo pode confundir a mensagem principal da marca.
“Faça por boas razões, mas seja criterioso sobre o quanto você transforma isso em marketing”, reforça Fabio Costa.
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